O beijo arquitetônico de Lelé

O beijo arquitetônico de Lelé

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      Sempre tive uma relação diferente com a arquitetura, alias, acredito ate hoje que é uma das artes que eu mais admiro, de vez enquanto, até mais que a musica e a poesia, que marcam tanto a minha vida. A verdade é que imaginar espaços, construções, suas funcionalidades, suas relações com as pessoas e com o espaço que elas ocupam, todos esses pensamentos que giram entorno da cabeça de um arquiteto sempre me encantaram, o que já me fez diversas vezes pensar em seguir o curso de arquitetura e urbanismo, mas a história parece possuir uma gravidade maior em cima de mim. 
Resultado de imagem para arquitetura lelé   E essa minha admiração pelo mundo arquitetônico apenas se agravou por eu ter crescido em Brasília, essa cidade que consegue, aos meus olhos, ser tão unica na sua forma e em suas estruturas. E assim, no meio de tudo isso, surge Lelé, que de todos os arquitetos que destacam-se no esforço da construção da nova capital, é, sem duvidas, o que mais me fascina. 
A forma tão única que esse artista encontra de combinar os aspectos funcionais e racionais de uma estrutura, como espaço, conforto térmico, iluminação e a racionalidade da construção, com uma beleza que parece ser parte de sua assinatura pessoal carrega suas obras de uma grandiosidade que, para mim, se torna atemporal. 

Resultado de imagem para Memorial Darcy Ribeiro (Beijodromo)      E com uma síntese de tudo isso que eu falei, surge no principal campus da Universidade de Brasilia o Memorial Darcy Ribeiro, ou batizado carinhosamente pelos estudantes da universidade, Beijódormo. Toda as suas características não surgem ao acaso. Seu formato lembra a estrutura de uma maloca indígena, uma referencia não só aos trabalhos antropológicos realizados por Darcy, como uma relação direta entre Lelé e o antropólogo, que incentivou o arquiteto a estudar as estruturas e a própria arquitetura indígena. Desse modo surge um prédio que consegue aproveitar a luz que dispõem o sol, assim como consegue, pela tecnologia já utilizada pelos índios xinguanos, combinada com o espelho d'água a sua volta, característica marcante dos monumentos da Capital, conferir um conforto térmico em meio á uma cidade marcada pela seca e pelo calor.
      Em poucas palavras, o beijódromo é um simbolo moderno da inteligencia e da capacidade de se combinar algo tão visualmente belo com sua estrutura pratica e funcional. Sem duvidas, o Memoria é uma grande representante da capacidade maravilhosa da arquitetura moderna.

Esse video fala um pouco mais sobre tudo isso: https://www.youtube.com/watch?v=aIzUUgBiRhA

Todas as fotos foram retiradas do Google Imagens.

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